Realização efetiva
Empresas devem investir no treinamento para depois buscarem a motivação
Cosmo Palásio de Moraes Junior Volta e meia alguém liga aqui na consultoria
e pergunta se realizamos palestras motivacionais.
Geralmente são pessoas da área de Recursos Humanos que, com problemas
em relação ao número de acidentes, entendem que o que falta para que os acidentes
parem de ocorrer é “motivação para os trabalhadores”. Na verdade, alguns deles estão precisando mais do que um palestrante: precisam de um mágico.
Nada tenho contra a motivação, aliás, muito pelo contrário. Entendo que seja um fator importante para a prevenção, mas entendo também que para motivar alguém para alguma coisa é preciso que exista esta “alguma coisa”.
Em muitas organizações não há uma base mínima de conceitos, procedimentos e práticas para a prevenção, o que quer dizer que não existe nem sequer uma direção, quem sabe uma trilha a ser
seguida, ou seja, um lugar para onde e como ir. Então sempre pergunto: motivar em qual direção e para quê?
Para mim é assustador o número de organizações que não fazem o “feijão com arroz” preventivo. Mais assustador ainda é que muitas delas estão por aí se apresentando como organizações com
certificado disso ou daquilo.
Parte das organizações encara a Segurança e Saúde no Trabalho como algo que surge naturalmente do chão de fábrica, o que representa o famoso modelo de gestão CUPSDPT – “Cada Um Por
Si e Deus Por Todos”. Cuidam da SST de forma convulsiva e seus SESMTs dedicam
horas e mais horas na busca de explicações (algumas delas pelo menos pitorescas) para a oscilação dos resultados.
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